segunda-feira, 9 de setembro de 2013

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Mídia e Educação
O que é
Mídia = todo suporte de difusão da informação que constitui um meio intermediário de expressão capaz de transmitir mensagens.
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Educação = aplicação dos métodos próprios para assegurar a formação e o desenvolvimento físico, intelectual e moral de um ser humano; pedagogia, didática, ensino.
Fonte: Dicionário Houaiss
educomunicação é a inter-relação entre a comunicação e a educação. No processo de educação pela comunicação, a criança e o jovem experimentam a participação ativa na produção dos produtos em comunicação, o desafio de se negociar e encontrar caminhos que viabilizem a construção coletiva, a reflexão realidade e a percepção da possibilidade de intervirem positivamente na realidade.

Por que utilizar?

A criança e o adolescente aprendem quando se vêem instigados e interessados pelo assunto e partem para a pesquisa, elaboração e produção próprias. Assim, eles desenvolvem habilidades que antes não tinham a oportunidade de desenvolver, devido ao ambiente escolar restrito à convencional sala de aula.

Destas práticas são a produzidos fanzines e jornais, fotografias, vídeos, jornal-mural, rádio-escola, sites em processos educativos e muitos outros materiais em comunicação. As crianças e jovens participam de um caminho pelo conhecimento muito mais completo e criativo.

A relação entre a comunicação e a educação estimula crianças, adolescentes e educadores a utilizarem a mídia como instrumento de mobilização e crítica social. Ao proporcionar um ambiente em que os jovens estão à frente dos processos de pensar e produzir comunicação, estas crianças e jovens são sensibilizados a tomarem consciência de sua realidade social e a agirem como cidadãos pensantes e ativos, capazes de dialogar com sua própria realidade - além de aguçar a crítica aos meios de comunicação.

Mas o objetivo principal dessas atividades é contribuir significativamente no processo de construção da cidadania, do exercício de direitos e deveres e de uma sociedade mais justa - a partir do exercício do direito à expressão e à comunicação.
Art. 220 - A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
Constituição Federal de 1988
Onde acontece?

Os processos de educomunicação são difundidos, no Brasil, por instituições de ensino e pesquisa, iniciativas da sociedade civil, órgãos governamentais e empresas da área de comunicação.
Projetos como o Educom Rádio, do Núcleo de Comunicação e Educação da ECA/USP, o Lata Net, da organização não-governamental Oficina de Imagens, de Belo Horizonte (MG), e o Comunicação e Cultura, de Fortaleza (CE), são exemplos expressivos de como a mídia pode ser usada nos processos de educação e mobilização social. Conheça mais as experiências em educomunicação em Iniciativas.

No Paraná, a Ciranda - Central de Notícias dos Direitos da Infância e Adolescência criou o Núcleo de Comunicação e Educação, que atualmente é responsável por vários projetos que inter-relacionam a comunicação e a educação, como o Luz, Câmera, Paz, o Navegando nos Direitos e o Catavento, além de outras ações de mobilização que têm o objetivo de difundir as práticas de educomunicação no estado.

E o site Mídia e Educação?

O Site Mídia e Educação é um espaço para a divulgação de experiências de educamunicação desenvolvidas em todo o país. Aqui, o educador, crianças e jovens relatam e apresentam os produtos (jornal,vídeo, fotografia, revista, jornal-mural, etc) em que utilizaram a comunicação como ferramenta educacional.

O que vale aqui é o relato da experiência pela voz do próprio educador - para que a experiência de praticar educamunicação por um educador de escola do nordeste brasileiro sirva de exemplo e estímulo a um educador de escola do sul do país. Com esta troca os educadores, formais ou informais, compartilharem conhecimentos e realidades. O site é todo construído pelos educadores, seja pela publicação de artigos, de propostas de atividades de educomunicação, pela divulgação de notícias de iniciativas desenvolvidas com crianças e jovens.
Educador - se sinta a vontade, este espaço é seu. 


A IMPORTÂNCIA DE SE ESTUDAR EDUCAÇÃO PARA MÍDIA

Em Educação para a Mídia se aprende a ler as novas tecnologias de uma maneira geral, é necessário que se tenha literacia, ou seja, ler o Mundo e traduzir o que realmente está acontecendo a sua volta, porém essa leitura não se trata somente de textos, mas sim de diversas linguagens como: fotografia, cinema, teatro entre outros.
Podemos então resumir, que literacia é uma ferramenta para se compreender o mundo digital e que está dentro do estudo de Educação para Mídia. por isso a importância da Mídia e educação nessa era de globalização, pois é necessário que se tenha criticidade a tudo que está a nossa volta.

domingo, 18 de outubro de 2009

O mundo globalizado


A grande parte dos produtos fabricados pelas diversas empresas mundiais são vendidos em quase todo o planeta. Essa situação reflete as mudanças que vêm ocorrendo à partir do último século. É a chamada economia global.

A globalização afeta todas as áreas da sociedade, principalmente comunicação, comércio internacional e liberdade de movimentação, com diferente intensidade dependendo do nível de desenvolvimento e integração das nações ao redor do planeta.

A globalização, por ser um fenômeno espontâneo decorrente da evolução do mercado capitalista não direcionado por uma única entidade ou pessoa, possui várias linhas teóricas que tentam explicar sua origem e seu impacto no mundo atual.

A Tecnologia da Informação (TI) é um conjunto de todas as atividades e soluções providas por recursos de computação. Na verdade, as aplicações para TI são tantas - estão ligadas às mais diversas áreas - que existem várias definições e nenhuma consegue determiná-la por completo.
Sendo a informação um bem que agrega valor a uma empresa ou a um indivíduo, é necessário fazer uso de recursos de TI de maneira apropriada, ou seja, é preciso utilizar ferramentas, sistemas ou outros meios que façam das informações um diferencial competitivo. Além disso, é necessário buscar soluções que tragam bons resultados, mas que tenham o menor custo possível. A questão é que não existe "fórmula mágica" para determinar como utilizar da melhor maneira as informações. Tudo depende da cultura, do mercado, do segmento e de outros aspectos relacionados ao negócio ou à atividade. As escolhas precisam ser bem feitas. Do contrário, gastos desnecessários ou, ainda, perda de desempenho e competitividade podem ocorrer.


Texto do meu livro Desafios na Comunicação Pessoal. 3ª Ed. São Paulo: Paulinas, 2007, p. 162-166.

“A simples introdução dos meios e das tecnologias na escola pode ser a forma mais enganosa de ocultar seus problemas de fundo sob a égide da modernização tecnológica. O desafio é como inserir na escola um ecossistema comunicativo que contemple ao mesmo tempo: experiências culturais heterogêneas, o entorno das novas tecnologias da informação e da comunicação, além de configurar o espaço educacional como um lugar onde o processo de aprendizagem conserve seu encanto”.
Jesús Martín Barbero [1]

As mídias educam
Estamos deslumbrados com o computador e a Internet na escola e vamos deixando de lado a televisão e o vídeo, como se já estivessem ultrapassados, não fossem mais tão importantes ou como se já dominássemos suas linguagens e sua utilização na educação.
A televisão, o cinema e o vídeo, CD ou DVD - os meios de comunicação audiovisuais - desempenham, indiretamente, um papel educacional relevante. Passam-nos continuamente informações, interpretadas; mostram-nos modelos de comportamento, ensinam-nos linguagens coloquiais e multimídia e privilegiam alguns valores em detrimento de outros.
 A informação e a forma de ver o mundo predominantes no Brasil provêm fundamentalmente da televisão. Ela alimenta e atualiza o universo sensorial, afetivo e ético que crianças e jovens – e grande parte dos adultos - levam a para sala de aula. Como a TV o faz de forma mais despretensiosa e sedutora, é muito mais difícil para o educador contrapor uma visão mais crítica, um universo mais  mais abstrato, complexo e na contra-mão da maioria como a escola se propõe a fazer.
A TV fala da vida, do presente, dos problemas afetivos - a fala da escola é muito distante e intelectualizada - e fala de forma impactante e sedutora - a escola, em geral, é mais cansativa, concorda?. O que tentamos contrapor na sala de aula, de forma desorganizada e monótona, aos modelos consumistas vigentes, a televisão, o cinema, as revistas de variedades e muitas páginas da Internet o desfazem nas horas seguintes. Nós mesmos como educadores e telespectadores sentimos na pele a esquizofrenia das visões contraditórias de mundo e das narrativas (formas de contar) tão diferentes dos meios de comunicação e da escola.
Percebeu que na procura desesperada pela audiência imediata e fiel, os meios de comunicação desenvolvem estratégias e fórmulas de sedução mais e mais aperfeiçoadas: o ritmo alucinante das transmissões ao vivo, a linguagem concreta, plástica, visível?. Mexem com o emocional, com as nossas fantasias, desejos, instintos. Passam com incrível facilidade do real para o imaginário, aproximando-os em fórmulas integradoras, como nas telenovelas.
Em síntese, os Meios são interlocutores constantes e reconhecidos, porque competentes, da maioria da população, especialmente da infantil. Esse reconhecimento significa que os processos educacionais convencionais e formais como a escola não podem voltar as costas para os meios, para esta iconosfera tão atraente e, em conseqüência, tão eficiente. A maior parte do referencial do mundo de crianças e jovens provém da televisão. Ela fala da vida, do presente, dos problemas afetivos - a escola é muito distante e abstrata - e fala de forma viva e sedutora - a escola, em geral, é mais cansativa.
As crianças e jovens se acostumaram a se expressar de forma polivalente, utilizando a dramatização, o jogo, a paráfrase, o concreto, a imagemem movimento. A imagem mexe com o imediato, com o palpável. A escola desvaloriza a imagem e essas linguagens como negativas para o conhecimento. Ignora a televisão, o vídeo; exige somente o desenvolvimento da escrita e do raciocínio lógico. É fundamental que a criança aprenda a equilibrar o concreto e o abstrato, a passar da espacialidade e contigüidade visual para o raciocínio seqüencial da lógica falada e escrita. Não se trata de opor os meios de comunicação às técnicas convencionais de educação, mas de integrá-los, de aproximá-los para que a educação seja um processo completo, rico, estimulante. A escola precisa observar o que está acontecendo nos meios de comunicação e mostrá-lo na sala de aula, discutindo-o com os alunos, ajudando-os a que percebam os aspectos positivos e negativos das abordagens sobre cada assunto.
Precisamos, em conseqüência, estabelecer pontes efetivas entre educadores e meios de comunicação. Educar os educadores para que, junto com os seus alunos, compreendam melhor o fascinante processo de troca, de informação-ocultamento-sedução, os códigos polivalentes e suas mensagens. Educar para compreender melhor seu significado dentro da nossa sociedade, para ajudar na sua democratização, onde cada pessoa possa exercer integralmente a sua cidadania.
Em que níveis pode ser pensada a relação Comunicação, Meios de Comunicação e Escola? Entendemos que esta pode ser pensada em três níveis:
1.      organizacional
2.      de conteúdo
3.      comunicacional
no nível organizacional: uma escola mais participativa, menos centralizadora, menos autoritária, mais adaptada a cada indivíduo. Para isso, é importante comparar o nível do discurso - do que se diz ou se escreve - com a práxis - com as efetivas expressões de participação.
- no nível de conteúdo: uma escola que fale mais da vida, dos problemas que afligem os jovens. Tem que preparar para o futuro, estando sintonizada com o presente. É importante buscar nos meios de comunicação abordagens do quotidiano e incorporá-las criteriosamente nas aulas.
no nível comunicacional: conhecer e incorporar todas as linguagens e técnicas utilizadas pelo homem contemporâneo. Valorizar as linguagens audiovisuais, junto com as convencionais.
Tem-se enfatizado a questão do conhecimento como essencial para uma boa educação. É básico ajudar o educando a desenvolver sua(s) inteligência(s), a conhecer melhor o mundo que o rodeia. Por outro lado, fala-se da educação como desenvolvimento de habilidades: "Aprender a aprender", saber comparar, sintetizar, descrever, se expressar.
Desenvolver a inteligência, as habilidades e principalmente, as atitudes. Ajudar o educando a adotar atitudes positivas, para si mesmo e para os outros. Aqui reside o ponto crucial da educação: ajudar o educando a encontrar um eixo fundamental para a sua vida, a partir do qual possa interpretar o mundo (fenômenos de conhecimento), desenvolva habilidades específicas e tenha atitudes coerentes para a sua realização pessoal e social. [[Ver o capítulo A comunicação na educação do livro Mudanças na comunicação pessoal de José Manuel Moran, São Paulo, Paulinas, 2000, páginas, 155-166]].
A transmissão de informação é a tarefa mais fácil e onde as tecnologias podem ajudar o professor a facilitar o seu trabalho. Um simples CD-ROM contém toda a Enciclopédia Britânica, que também pode ser acessada on line pela Internet. O aluno nem precisa ir a escola para buscar as informações. Mas para interpretá-las, relacioná-las, hierarquizá-las, contextualizá-las, só as tecnologias não serão suficientes. O professor o ajudará a questionar, a procurar novos ângulos, a relativizar dados, a tirar conclusões.
Que outras contribuições as tecnologias podem dar ao professor? As tecnologias também ajudam a desenvolver habilidades, espaço-temporais, sinestésicas, criadoras. Mas o professor é fundamental para adequar cada habilidade a um determinado momento histórico e a cada situação de aprendizagem.
As tecnologias são pontes que abrem a sala de aula para o mundo, que representam, medeiam o nosso conhecimento do mundo. São diferentes formas de representação da realidade, de forma mais abstrata ou concreta, mais estática ou dinâmica, mais linear ou paralela, mas todas elas, combinadas, integradas, possibilitam uma melhor apreensão da realidade e o desenvolvimento de todas as potencialidades do educando, dos diferentes tipos de inteligência, habilidades e atitudes.
As tecnologias permitem mostrar várias formas de captar e mostrar o mesmo objeto, representando-o sob ângulos e meios diferentes: pelos movimentos, cenários, sons, integrando o racional e o afetivo, o dedutivo e o indutivo, o espaço e o tempo, o concreto e o abstrato.
A educação é um processo de construção da consciência crítica. Como então se dá esse processo? Essa construção começa com a problematização dos dados que nos chegam direta e indiretamente - através dos meios, por exemplo - recontextualizando-os numa perspectiva de conjunto, totalizante, coerente, um novo texto, uma nova síntese criadora. Essa síntese integra os dados tanto conceituais quanto sensíveis, tanto da realidade quanto da ficção, do presente e do passado, do político, econômico e cultural. Falamos assim, de uma educação para a comunicação. Uma educação que procura ajudar as pessoas individualmente e em grupo a realizar sínteses mais englobantes e coerentes, tomando como partida as expressões de troca que se dão na sociedade e na relação com cada pessoa; ajudar a entender uma parte dessa totalidade a partir da comunicação enquanto organização de trocas tanto ao nível interpessoal como coletivo.
A educação para a comunicação precisa da articulação de vários espaços educativos, mais ou menos formais: educação ao nível familiar, trabalhando a relação pais-filhos-comunicação, seja de forma esporádica ou em momentos privilegiados, em cursos específicos também. A relação comunicação-escola, uma relação difícil e problemática, mas absolutamente necessária para o enriquecimento de ambas, numa nova perspectiva pedagógica, mais rica e dinâmica. Comunicação na comunidade, analisando os meios de comunicação a partir da situação de uma determinada comunidade e interpretando concomitantemente os processos de comunicação dentro da comunidade. Educação para a comunicação é a busca de novos conteúdos, de novas relações, de novas formas de expressar esses conteúdos e essas relações.
A escola precisa exercitar as novas linguagens que sensibilizam e motivam os alunos, e também combinar pesquisas escritas com trabalhos de dramatização, de entrevista gravada, propondo formatos atuais como um programa de rádio uma reportagem para um jornal, um vídeo, onde for possível. A motivação dos alunos aumenta significativamente quando realizam pesquisas, onde se possam expressar em formato e códigos mais próximos da sua sensibilidade. Mesmo uma pesquisa escrita, se o aluno puder utilizar o computador, adquire uma nova dimensão e, fundamentalmente, não muda a proposta inicial.

Integrar as mídias na escola
Antes da criança chegar à escola, já passou por processos de educação importantes: pelo familiar e pela mídia eletrônica. No ambiente familiar, mais ou menos rico cultural e emocionalmente, a criança vai desenvolvendo as suas conexões cerebrais, os seus roteiros mentais, emocionais e suas linguagens. Os pais, principalmente a mãe, facilitam ou complicam, com suas atitudes e formas de comunicação mais ou menos maduras, o processo de aprender a aprender dos seus filhos.
A criança também é educada pela mídia, principalmente pela televisão. Aprende a informar-se, a conhecer - os outros, o mundo, a si mesmo - a sentir, a fantasiar, a relaxar, vendo, ouvindo, "tocando" as pessoas na tela, que lhe mostram como viver, ser feliz e infeliz, amar e odiar. A relação com a mídia eletrônica é prazerosa - ninguém obriga - é feita através da sedução, da emoção, da exploração sensorial, da narrativa - aprendemos vendo as estórias dos outros e as estórias que os outros nos contam.
Mesmo durante o período escolar a mídia mostra o mundo de outra forma - mais fácil, agradável, compacta - sem precisar fazer esforço. Ela fala do cotidiano, dos sentimentos, das novidades. A mídia continua educando como contraponto à educação convencional, educa enquanto estamos entretidos.
A educação escolar precisa compreender e incorporar mais as novas linguagens, desvendar os seus códigos, dominar as possibilidades de expressão e as possíveis manipulações. É importante educar para usos democráticos, mais progressistas e participativos das tecnologias, que facilitem a evolução dos indivíduos. O poder público pode propiciar o acesso de todos os alunos às tecnologias de comunicação como uma forma paliativa, mas necessária de oferecer melhores oportunidades aos pobres, e também para contrabalançar o poder dos grupos empresariais e neutralizar tentativas ou projetos autoritários.
Se a educação fundamental é feita pelos pais e pela mídia, urgem ações de apoio aos pais para que incentivem a aprendizagem dos filhos desde o começo das vidas deles, através do estímulo, das interações, do afeto. Quando a criança chega à escola, os processos fundamentais de aprendizagem já estão desenvolvidos de forma significativa. Urge também a educação para as mídias, para compreendê-las, criticá-las e utilizá-las da forma mais abrangente possível.
A educação para os meios começa com a sua incorporação na fase de alfabetização. Alfabetizar-se não consiste só em conscientizar os códigos da língua falada e escrita, mas dos códigos de todas as linguagens do homem atual e da sua interação. A criança, ao chegar à escola, já sabe ler histórias complexas, como uma telenovela, com mais de trinta personagens e cenários diferentes. Essas habilidades são praticamente ignoradas pela escola, que, no máximo, utiliza a imagem e a música como suporte para facilitar a compreensão da linguagem falada e escrita, mas não pelo seu intrínseco valor. As crianças precisam desenvolver mais conscientemente o conhecimento e prática da imagem fixa, em movimento, da imagem sonora ... e fazer isso parte do aprendizado central e não marginal. Aprender a ver mais abertamente, o que já estão acostumadas a ver, mas que não costumam perceber com mais profundidade (como os programas de televisão).
Antes de pensar em produzir programas específicos para as crianças, convém retomar, estabelecer pontos com os produtos culturais que lhes são familiares. Fazer re-leituras dos programas infantis, re-criação desses mesmos programas, elaboração de novos conteúdos a partir dos produtos conhecidos. Partir do que o rádio, jornal, revistas e televisão mostram para construir novos conhecimentos e desenvolver habilidades. Não perder a dimensão lúdica da televisão, dos computadores. A escola parece um desmancha-prazeres. Tudo o que as crianças adoram a escola detesta, questiona ou modifica. Primeiro deve-se valorizar o que é valorizado pelas crianças, depois procurar entendê-lo (os professores e os pais) do ponto de vista delas, crianças, para só mais tarde, propor interações novas com os produtos conhecidos. Depois podem-se exibir programas adaptados à sua sensibilidade e idade, programas que sigam o mesmo ritmo da televisão, mas que introduzam alguns conceitos específicos que, aos poucos, irão sendo incorporados.




[1] Jesús MARTÍN BARBERO. Heredando el Futuro.Pensar la Educación desde la Comunicación, in Nómadas, Boggotá, septiembre de 1996, n. 5, p. 10-22.

3 comentários:

  1. Aqui vamos conhecer como surgiu a ideia e como esta indo nos dias de hoje a existência das Brinquedoteca.

    Origem das Brinquedotecas



    Nos anos da grande depressão econômica americana, por volta de 1934, na cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos, o dono de uma loja de brinquedos queixou-se ao diretor da Escola Municipal, de que as crianças estavam roubando brinquedos; o diretor chegou à conclusão que isto estava acontecendo porque as crianças não tinham em com o que brincar. Iniciou então um serviço de empréstimo de brinquedos como um recurso comunitário. Este serviço existe até hoje e é chamado Los Angeles Toy Loan.

    Em 1963, surgia na Suécia em Estocolmo a primeira Lekotec (Ludoteca, em sueco), com o objetivo de emprestar brinquedos e dar orientação às famílias de crianças com necessidades especiais, tendo como filosofia básica o valor da estimulação através do brinquedo.

    Na Inglaterra, a partir de 1967, surgiram as Toys Libraries (Bibliotecas de Brinquedos).

    E assim foram surgindo Toy Libraries, Lekoteks, Ludotecas por diversos países, tais como: África do Sul, Argentina, Austrália, Bélgica, Canadá, China. Finlândia, França, Grã-Bretanha, Itália, Japão, Noruega, Portugal, República da Irlanda, Suíça...

    Mas foi em 1981, em São Paulo na Escola Indianópolis que surgiu pela primeira vez o termo BRINQUEDOTECA usado com uma concepção diferente dos modelos existentes, visto que aquelas eram baseadas nos brinquedos e a nossa no brincar, na humanização do atendimento. O desejo de estender o trabalho com os brinquedos e criar espaços que propiciassem a atividade lúdica livre e espontânea levou a profª Nylse Cunha

    Mais tarde, para suprir as necessidades de falta de espaço e continuar promovendo o direito ao desenvolvimento, foram criadas as brinquedotecas móveis, chamados BRINQUEDEIROS .

    Aquela criança internada que não pode sair do seu leito, fica feliz, pois o brincar vai até ela. Escolas que não possuem espaço para montar sua brinquedoteca, , com o BRINQUEDEIRO podem levar o brincar a todas as salas de aula, graças não só à possibilidade de deslocar o brinquedeiro mas principalmente pela organização e conservação que ele proporciona. Fonte: http://www.brinqueduca.com.br

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  2. CAM
    O CAM é um “rip” feito no cinema, normalmente com uma câmera digital. Às vezes é usado um tripé, mas na maioria das vezes isso não é possível, deixando a filmagem tremida. Devido aos lugares disponíveis no cinema também não serem sempre no centro, pode ser filmado com ângulos diferentes. Se cortado (cropped) adequadamente, é difícil diferenciar, a não ser que tenha legendas na tela, mas muitas vezes os CAM são deixados com bordas pretas na parte de cima e de baixo da tela. O som é gravado com o microfone embutido da câmera e, especialmente em comédias, risadas são ouvidas durante o filme. Devido a esses fatores, a qualidade de som e imagem costumam ser muito ruins, mas as vezes, com sorte, o cinema está quase vazio e apenas baixos ruídos serão ouvidos.

    TELESYNC (TS)
    Um telesync tem as mesmas características de um CAM, só que usa uma fonte externa de áudio (normalmente um fone de ouvido na poltrona para pessoas que não ouvem bem). Uma fonte de áudio direto não garante uma boa qualidade de áudio, pois muitos barulhos podem interferir. Muitas vezes um telesync é filmado em um cinema vazio ou da cabine de projeção com uma câmera profissional, gerando uma melhor qualidade de imagem. A qualidade varia muito, por isso veja um sample (amostra) antes de baixar o filme por completo. A maior parte dos Telesyncs são CAMs que foram rotuladas de forma errada.

    texto extraido do curso Formatologia das mídioas (Learncafe)

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  3. TV E VÍDEO NA EDUCAÇÃO
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    Finalmente a televisão e o vídeo estão chegando à sala de aula. E deles se esperam, como em tecnologias anteriores, soluções imediatas para os problemas crônicos do ensino-aprendizagem.
    TV e vídeo ajudam o bom professor, atraem os alunos, mas não modificam substancialmente a relação pedagógica.

    Aproximam a sala de aula das linguagens e temas do cotidiano da sociedade urbana, mas também introduzem problemas para o processo de ensino-aprendizagem.

    TEXTOS
    O Vídeo na Sala de Aula - Prof. Moran.

    http://www.eca.usp.br/prof/moran/video.htm

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